Quando comecei no jornalismo em 1999 no extinto Jornal da Cidade em Araçatuba as coisas não eram muito fáceis. Tínhamos dois
carros de reportagem (dois fusquinhas) e geralmente saíamos em três pessoas
para fazermos as matérias, o motorista, o repórter e o fotógrafo.
Nesse dia tínhamos três pautas, a primeira uma ocorrência na
DIG (Delegacia de
Investigações Gerais), a segunda uma entrevista com um vereador
na câmara municipal e a terceira uma entrevista com os organizadores da Expô
Araçatuba e com a dupla Rio Negro e Solimões.
Partimos para a DIG colhi as informações e quando fomos sair
o fusquinha não pegou, empurramos a ‘viatura’ por uns dois quarteirões até que
o motor deu sinal de vida e partimos para a câmara municipal.
Entrevista feita com o nobre vereador, fotos
tiradas, caminhamos em direção ao fusquinha onde nosso eficiente motorista já
nos aguardava, deu partida e... nada!!!
Nervoso ele desceu do carro e nos convidou a descer também,
empurramos o ‘Herbie’
por mais uns dois quarteirões e o bichinho mais uma vez ressuscitou, partimos
para a última pauta do dia no recinto de exposições.
Fim
da última entrevista do dia, muita gente presente, dupla famosa e novamente
nosso prestativo motorista nos aguardava dentro do carro de reportagem embaixo
de uma maravilhosa sombra. É verdade que embora bastante solícito nosso ‘motô’
já estava bem nervoso com as duas mancadas que seu “colega de trabalho” Herbie
havia dado.
Entramos
no ‘fusqueta’ foi dada partida e... nada!!!
Ai
nosso pacífico motorista (Sr. João era o nome dele se não me falhe a memória)
perdeu a estribeira e não pensou duas vezes, desceu do carro, tirou o belo cinto
de couro que envolvia sua cintura e deu, literalmente, uma “surra de cinta” no
fusquinha... na frente de todos os presentes que era pra ele (o Fusca) nunca mais
esquecer da vergonha que nos fizera passar!!! rsrsrsrsrs
Juliano Romão
Twitter: @julianoromao
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