Como milhões de brasileiros fiquei
esperando a noite deste domingo para ver a matéria principal do Fantástico
sobre o terrível crime envolvendo o casal Yoki.
Mas o Fantástico, em uma espécie de
mensagem subliminar, resolveu dar uma ‘apimentadinha’ ao caso exibindo a história
em partes.
Assim como no crime em si, o Show
da Vida esquartejou a matéria!
Vários trechos da reportagem
foram exibidos ao longo de todo o programa. E o que mais me chamou a atenção,
além de toda a brutalidade do crime, foi a vida simples que a família da assassina
confessa levava.
A mãe de Elize Matsunaga continua vivendo na mesma casa
simples onde a moça passou a infância no interior do Paraná e mesmo enfrentando
um câncer de intestino, continua trabalhando como ajudante de serviços gerais.
Isso mais de dois anos
após a filha ter se casado com um dos maiores empresários do ramo alimentício
do Brasil, cuja empresa foi vendida recentemente por 2 bilhões de reais.
O casal que usufruía de
uma vida de luxo e morava em uma cobertura de 500m² avaliada em 3 milhões de
reais em um bairro nobre da capital paulista, ao que tudo indica, não ajudava a
família da moça.
O que eu havia imaginado
quando li as primeiras notícias sobre o caso, se confirmou hoje vendo a matéria
exibida pelo programa da Rede Globo.
Acredito que a assassina era
humilhada frequentemente pelo marido milionário. Como se diz por ai, creio que a moça “comia o pão que o diabo amassou” na mão do rapaz.
Seu passado pobre e a
condição de ex-prostituta provavelmente fosse motivo de humilhações frequentes
por parte do marido Marcos Matsunaga.
Não há nada que
justifique um crime como este, mas cinco minutos de descontrole e de fortes
emoções podem acabar em uma grande tragédia, ainda mais quando se tem um
arsenal guardado em casa.
Juliano Romão
Twitter: @julianoromao
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