quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Parabéns Birigui pelos 100 anos


Hoje Birigui, a cidade que eu nasci, está completando 100 anos.

Neste centenário eu poderia falar de tantas coisas, mas vou falar um pouquinho sobre a minha família.

Sei que em nossa cidade existem muitas outras famílias tradicionais e certamente mais importantes que a minha, mas não posso deixar de registrar aqui um pouquinho do que já vivemos nessa terrinha abençoada e de tudo de bom que esta cidade já nos proporcionou.


Nossa família - Barbosa e Romão - sempre viveu e continua vivendo na Cidade Pérola.

Meu avô paterno, Pedro Romano Romão Ramirez, nas décadas de 60 e 70, foi proprietário do Bar do Pedro na esquina das ruas Saudades com Siqueira Campos (onde hoje é uma loja da Tim) e Saudades com Rua Nove de Julho (hoje Bom Plano). Nesta época, ainda adolescente, meu pai o ajudava no balcão. Foram 14 anos de muitas e boas histórias. Infelizmente meu avô faleceu quando eu tinha apenas 10 meses, mas como é bom ouvir meu pai relembrar aquele tempo. Marceneiro por formação, meu avô ainda trabalhou em tradicionais fábricas de móveis do município até falecer.

Minha avó paterna, Paulina Romão Rambaldi, como de costume na época, sempre foi dona-de-casa. Ainda me lembro quando aos domingos por volta das 18 horas íamos a sua casa visitá-la, na Rua São João no bairro da Fátima. Ainda consigo sentir o cheiro da sua casinha e dos deliciosos quitutes que ela preparava e que sempre estavam a postos sobre a mesa a nos esperar. 


Desta união nasceram três filhos: José Carlos Romão (meu pai), Aparecida de Lourdes Ramirez e Celso Romão Ramirez.

Meu pai começou a trabalhar na agência da CPFL de Birigui em 1.970, como escriturário e se aposentou na mesma agência como gerente em 1.996, após ser gerente também nas agências de Araçatuba, Braúna, Valparaíso e Guararapes.   

Minha tia Cida Trindade (sobrenome de casada) trabalhou durante muitos anos no Banespa e após aposentar-se fundou a corretora de seguros CT Seguros na Avenida São Francisco.

Meu tio Celso, o Celsinho, também trabalhou por muitos anos no Banespa e após aposentar-se, tornou-se líder da Gaviões da Fiel de Birigui. (brincadeirinha...rsrsrs).

Por falar em trabalho, me lembro com muitas saudades do meu primeiro emprego, que lógico, também foi em Birigui. Em setembro de 1.996 comecei a trabalhar como consultor técnico da concessionária de veículos Volkswagen ‘Birivel’, na esquina das ruas Barão do Rio Branco com a Rua Anhanguera. Tempos maravilhosos, onde aprendi e me diverti muito. Sem contar que tive a grande honra de ter como primeiro patrão o mestre Osmar Santos: "Ripa na chulipa e pimba na gorduchinha...".


Já a família Barbosa, essa é bem numerosa. rsrsrs.

Meu avô materno Antônio Barbosa de Sousa, foi charreteiro e durante muito tempo trabalhou fazendo fretes e carretos. Na década de 60, com seu Ford F-600 vendia frutas nas feiras da cidade.

Minha avô materna Alice Pedersoli Barbosa de Sousa, sempre foi dona-de-casa, e continua firme e forte morando na Rua José Fonzar no bairro Silvares.

Desta união nasceram oito filhos: Ivete Aparecida Barbosa Romão (minha mãe – in memorian), José Damilton Barbosa, Lúcia Barbosa, Lucinéia Barbosa, Roberto Barbosa, Rosimeire Barbosa, Renato Barbosa e Júlio César Barbosa de Sousa.

Se eu fosse falar de toda a família Barbosa, ficaríamos horas aqui e, com certeza, renderia um livro gigante com todas as histórias de alegrias, tristezas, brigas e principalmente muito AMOR.

Assim como eu, meus dois irmãos: José Carlos Romão Junior (Juninho) e Paola Barbosa Romão, assim como meus dois filhos, Caio Felipe e Juliana, também são birigüienses.

O fato é que hoje Birigui comemora seu centenário e eu e toda nossa família só temos que agradecer a está cidade maravilhosa que nos acolheu e que com tantas alegrias já nos presenteou e certamente continuará nos proporcionando.

Birigui, minha Cidade Pérola querida.


Amamos você!!! Parabéns!!!







Juliano Romão
Twitter: @julianoromao
Facebook.com/juliano.romao


HISTÓRIA

Como as principais cidades da região, Birigui, surgiu e cresceu a partir da Estrada de Ferro Noroeste, construída no início do século. No começo foi uma chave na clareira, situada entre os quilômetros 259 e 261 que em 1908 passou a ser um ponto de parada de locomotivas. O povoado foi fundado em 7 de dezembro de 1911 pelo Senhor Nicolau da Silva Nunes, um português de espírito empreendedor, natural da Freguesia de Moutamorta, Trás-os Montes.


O fundador manteve na futura cidade a denominação dada pelos trabalhadores da ferrovia local. O nome Birigui teve origem na língua Tupi-Guarani, os índios usavam esta palavra como o significado de "mosca que sempre vem" para um minúsculo mosquito hematófago que incomodava a todos e era bastante freqüente na região.


Nicolau da Silva Nunes conheceu a região atraído por um artigo de jornal, na primeira visita se encantou com a exuberância e fertilidade das terras da região, principalmente das que envolviam a chave de Birigui. Adquiriu, assim, 400 alqueires para si e seus representados, Antonio Gonçalves Torres e Afonso Garcia Franco, e quando voltou para Sales de Oliveira, a cidade onde morava, colocou os lotes à venda.


A visão futurista de Nicolau da Silva Nunes lhe revelava que aquelas florestas, a terra fértil e as águas límpidas emanavam progresso. A única dificuldade no seu empreendimento foi os seus vizinhos, os índios Coroados.

Para evitar que assustassem seus clientes ele usou de artifícios, pediu, até que apagassem o rastro dos índios e passou a morar no local, em dois vagões para demonstrar segurança.



Entretanto nem a hostilidade dos índios e nem a presença do pequeno mosquito desencorajou os primeiros habitantes. Os primeiros moradores que acompanharam o fundador foram os senhores Francisco Galindo Romero, Manoel Inácio, Francisco Galindo de Castro e sua esposa, Dona Antonia Real Dias, primeira mulher a morar aqui.

A primeira casa foi erguida feita de taipa, na confluência das atuais Ruas Silvares e Fundadores. Lucas Scarpin, Antonio Simões, Faustino Segura, Ricardo Del Nery, João Galo, França Contel e Giuzeppe Fonzar foram alguns dos pioneiros.


Em 1.912, Birigui ganha mais um habitante, José Cordeiro, um típico capitão bandeirante que deixa Lençóis Paulista com sua expedição e se junta ao povoado. Manuel Bento da Cruz funda a companhia de Terras, Madeiras e Colonização São Paulo, tendo como desbravadores Roberto Clark e James Mellor.



Com o passar do tempo, a lavoura vai ocupando o que era mato. Vai surgindo o nosso ciclo do café. Com este progresso galopante, Birigui alcança sua emancipação no dia 8 de Dezembro de 1.921, apenas dez anos depois após sua fundação. Em fevereiro de 1922 é eleita a primeira Câmara Municipal de Birigui, um mês depois Archibald Thomas Clark toma posse como nosso primeiro prefeito. Daqueles tempos até o dia de hoje, o progresso da cidade não parou. 


Da fase áurea da monocultura ao café ao maior polo da industria do calçado infantil da América Latina foi a trajetória desta cidade que transformou um quase pejorativo nome de mosquito em um orgulhosos BIRIGUI - A Pérola da Noroeste.



Da primeira casa de taipa às mansões e edificações modernas; do primeiro cruzeiro à Igreja Matriz; do telégrafo à Internet; da máquina de beneficiar café à produção de calçado. Crises houveram, mas nada intimidou este povo laborioso. E Birigui segue seu rumo progressista de um povo trabalhador e ordeiro, que tem na divisa de sua bandeira, realmente o seu lema: LABOR OMNIA VINCIT - O Trabalho Tudo vence.



No último recenseamento realizado em 2.000 a cidade tinha 94.325 habitantes e em 2.002 já superava os 100.000 habitantes.

Fonte: Revista "Descobrindo Birigui".



GEOGRAFIA

       A cidade, entretanto, também é conhecida como "Cidade Pérola". Este outro nome foi dado por um jornalista de São Paulo, que veio a Birigüi em 1.934. Na visita fez uma crônica social do aniversário do Senhor Roberto Clark, "desta Pérola da Zona Noroeste", foi a primeira expressão. Segundo consta, a publicação aconteceu em um jornal biriguiense, famoso da época, "O Maribondo", em sua página 3.

       Birigui fica localizada na Região Noroeste do Estado de São Paulo, distante 521 Km da Capital do Estado, sua área geográfica é de 537 km2, a uma altitude de 400 metros e clima tropical seco.

Posição geográfica: 21 º 16' 53" sul e 50 º 19' 35" oeste.


Fonte: Site Oficial do Município de Birigui-SP.

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