A implantação das UPPs (Unidade
de Polícia Pacificadora) nos morros cariocas tem incomodado – MUITO – a “indústria”
do tráfico e lhe causado grandes prejuízos.
O objetivo das UPPs é combater o controle dos traficantes nas
favelas ocupadas, além de reaproximar a população da polícia e garantir a
segurança das pessoas.
Essas invasões têm o objetivo de recuperar
territórios antes ocupados por bandidos e levar a paz às comunidades. Trabalha
com o conceito de “Polícia Comunitária”, ou seja: é uma estratégia baseada na
parceria entre a população e as instituições da área de segurança pública.
A primeira UPP foi ativada em 2008, na favela Santa Marta, em Botafogo, com um
efetivo de 123 policiais.
De
lá pra cá já foram pacificadas mais quatorze comunidades, são elas: Cidade de Deus, em Jacarepaguá; Jardim Batam, em Realengo;
Babilônia e Chapéu Mangueira, no Leme; Pavão-Pavãozinho e Cantagalo, em
Copacabana e Ipanema; Tabajaras e Cabritos, em Copacabana; Providência, no
Centro; Borel, Formiga, Andarai, Turano e Salgueiro, na Tijuca.
Antes
os moradores tinham a liberdade restringida pelos traficantes
que dominavam suas comunidades e favelas. Como por exemplo, o gás, o serviço de
internet e o serviço de televisão fechada (canais a cabo) eram disponibilizados
e cobrados pelo poder local, ou seja: os moradores tinham que se submeter aos
traficantes. Um negócio milionário que
vai além da venda de drogas.
A primeira ação contra a pacificação das favelas foi uma
série de ônibus queimados por bandidos. A guerra
contra o tráfico de drogas estava declarada, com trocas de tiros entre
traficantes e policiais, balas perdidas, arrastões, ruas sendo fechadas, o que transformou
a cidade em um verdadeiro caos tornando a vida de moradores inocentes um inferno.
Durante a ocupação do morro do Alemão a
imprensa mundial mostrou traficantes fugindo, o que supunha o enfraquecimento
dessas quadrilhas. A reação violenta pode ser a prova de que os bandidos
realmente estão acuados e buscando mostrar seu poder de força.
Explosões
Logo depois começou uma série de
explosões em bueiros por todo o centro da cidade. Desde 2010, até hoje, já
explodiram 34 bueiros na cidade
maravilhosa.
As autoridades “culpam” a má
conservação da rede elétrica e de gás subterrânea e as companhias responsáveis
por essa manutenção.
No ano passado, mais precisamente no
dia 13
de outubro de 2011, outra grande explosão ocorreu no restaurante Filé Carioca, no térreo do edifício
Riqueza, na altura do número 9 da rua da Carioca, em frente à praça Tiradentes
no centro da cidade, matando 4 pessoas e ferindo outras 17.
As vítimas fatais foram identificadas como Severino
Antônio, chefe de cozinha do restaurante; o sushiman Josimar dos Santos Barros,
Matheus Maio Macedo, 19 anos, que passava em frente ao local e José Roberto, 28
anos, cozinheiro.
O comandante da Guarda Municipal, coronel Lima Castro,
apontou um vazamento de gás como a possível causa da explosão. De acordo com
ele, um botijão de gás ficou aberto na noite anterior e, quando o chefe de
cozinha chegou pela manhã e acendeu a luz, houve a explosão. O homem teve o
corpo arremessado até o outro lado da rua.
Desabamento
Ontem dois prédios e um sobrado desabaram por volta de 20h30 na região da Avenida Treze de Maio,
no Centro do Rio de Janeiro, bem atrás do Theatro Municipal. Cinco feridos
foram levados ao Hospital Souza Aguiar até a meia noite desta quinta-feira e
uma mulher procurou o Hospital Getúlio Vargas, na Penha, na Zona Norte do Rio,
também com ferimentos causados pelos escombros.
Até agora cinco corpos foram encontrados nos escombros.
Até agora cinco corpos foram encontrados nos escombros.
As investigações preliminares apontam problemas
estruturais em um dos prédios, que caiu sobre os outros dois em um efeito
dominó, que estaria passando por reforma ilegal.
Agora me chamem de louco!!!
Posso estar enganado, mas foram muitos bueiros
explodindo consecutivamente dentro de um espaço de tempo muito curto. Meses
depois, foi a vez do restaurante Filé Carioca explodir de forma impressionante
(vejas as imagens acima), muito semelhante as de atentados terroristas já
registrados em outras partes do mundo.
E agora esses três prédios desabando ao mesmo tempo. O
engraçado é que tanto os bueiros como o restaurante e os prédios ficam
localizados no centro da cidade, em áreas bastante movimentadas e com grande
fluxo de pessoas.
Curioso que antes das medidas de ocupação e pacificação
das favelas, que inevitavelmente enfraqueceu e desarticulou a tráfico de drogas,
não me lembro de ter ouvido falar em explosões e desabamentos no centro da
cidade.
Agora vou tomar meu gardenal.
Fui...
Juliano Romão
Twitter: @julianoromao
Facebook.com/juliano.romao
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