sexta-feira, 17 de agosto de 2012

Uma pena que ainda não inventaram a máquina do tempo.


Na última quarta-feira a seleção brasileira participou de um jogo amistoso contra a Suécia no estádio Rasunda, em tom de despedida.
Foi o primeiro jogo após as Olimpíadas, onde mais uma vez, a tão sonhada medalha de ouro não veio.
A decisão de fazer o amistoso como último jogo no estádio não foi em vão. Além do fato do Rasunda estar prestes a ser demolido, foi lá que Brasil e Suécia protagonizaram a final da Copa do Mundo de 1958. Na ocasião, a seleção brasileira venceu o jogo com goleada de 5×2 e se consagrou campeão do mundo pela primeira vez.
Na época, grandes ídolos do futebol brasileiro e mundial jogavam pela seleção do Brasil, como Pelé, Pepe, Zito, Vavá, Zagallo e Mazzola. Idolatrados, os craques receberam algumas homenagens pelo feito de 58, junto aos ídolos do futebol sueco.
Em uma das homenagens aos ex-craques a seleção brasileira atual, de Neymar, Oscar, Daniel Alves e companhia, entrou em campo vestida com um uniforme idêntico ao usado pela seleção de 58. A réplica do uniforme foi feita com o mesmo pano da época e tinha o mesmo peso do original.
E um fato me chamou muito a atenção. Após posarem para as fotos, por determinação do diretor de seleções da CBF Andrés Sanchez, os jogadores trocaram o uniforme para iniciarem a partida e colocaram o uniforme que é usado pela seleção atualmente.
“É impossível se praticar o futebol atual com aquele uniforme de 58. É muito pesado, quente e desconfortável”, argumentou o dirigente Andrés Sanchez.
Analisando o ocorrido e diante das palavras do Andrés, só tenho uma coisa a dizer:
- Temos que valorizar muito nossos craques do passado!
Se com aquele uniforme pesado, quente e desconfortável, Pelé, Guarrincha, Gerson, Rivelino e companhia faziam maravilhas com a bola nos pés, imaginem esses caras jogando no futebol de hoje com toda essa tecnologia?
Naquela época a bola e as chuteiras pesavam quase 1kg, hoje pesam poucas gramas. Agora os uniformes são confortáveis e desenvolvidos para temperaturas específicas.
Meu pai me lembrou que antigamente a bola era tão pesada que dificilmente em um tiro de meta chutado pelo goleiro a bola passava da linha do meio campo. Hoje o goleiro arremessa com a mão a bola e ela cruza a linha que divide o gramado.
Hoje em dia tudo favorece o jogador, inclusive os altos salários.
Se o Lucas foi vendido por 108 milhões, quanto valeria hoje Gerson ou Rivelino?
Se o Neymar está cotado para ser vendido por aproximadamente 300 milhões de reais, quanto custaria hoje os direitos do Pelé?
Certamente o que ganha em uma temporada Ramires, Daniel Alves entre outros, é mais do que ganhou em uma vida inteira dedicada ao futebol gênios como Rivelino, Gerson, Pepe, Tostão e Vavá.
Lógico que vai ter alguém dizendo que o futebol hoje é mais corrido, de mais força, mais técnico, mas é assim por que os jogadores dispõem de centros físicos de excelência. Se naquela época os jogadores fossem tratados como são hoje, também voariam em campo.
Lógico que não podemos nunca desprezar uma medalha de prata olímpica, mas em vista do que ganham hoje, do tratamento que recebem e das condições de trabalho que possuem, esses craques do presente deveriam suar um pouco mais a camisa amarelinha e honrá-la com mais gana e amor.  
Uma pena que ainda não inventaram a máquina do tempo, como eu queria ver aqueles craques do passado jogando nos dias de hoje com toda a tecnologia e o marketing do presente! 

E deixa que eu chuto!!!!


Juliano Romão
Twitter: @julianoromao
Facebook.com/juliano.romao

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